A virgem- parte 2

(façam o favor de ler os comentários ao texto anterior antes de seguirem com este. Obrigada)

Cara Anónima,

Antes de mais, muitíssimo obrigada por ler e comentar este blog. Sei que não será a  oitava maravilha do mundo, mas para lá caminhamos… Acredite que fiquei muito surpreendida por uma amiga dessa dita criatura (já sei o nome… Margarida) ler este pedacinho da minha mente…

Ora bem, é verdade e concordo em absoluto que ser virgem não é de todo sinónimo de pouca experiência sexual, mas quando leio na entrevista dada pela sua amiga, que deu o primeiro beijo aos 22 anos e que foi muito estranho porque achava que a boca era para comer, só me vem uma coisa à mente (sim, eu sei que a minha mente é porca, depravada e mais um monte de coisas): a rapariga deve ser parva! Sim, porque, mesmo não tendo beijado ainda, com certeza vê TV, novelas, filmes e tudo mais, portanto, sabe que a boca também serve para beijar! Depois, penso mais um pouco no assunto… e chego à conclusão que não, a rapariga não é parva… Apenas tem jeitinho para o marketing… e neste caso, fazer-se de tão pura, inocente e casta, é marketing! Sim, porque alguém tão puro, inocente e casto não estaria a pensar em colocar silicone nos peitos… Ou será que é para andar na rua aos saltinhos sem soutien a dizer “estão a ver elas a saltar? são só para ver, não para mexer” Nem coloco a hipótese de ela pensar que podem ser chupadas, mordiscadas e outras coisas, pois a função das mamas é dar de mamar a bebés…  E nisso o silicone não ajuda…

Dizes que a primeira vez pode ser boa, e que para algumas mulher é, pois gostaria de conhecer uma dessas. A sério, gostaria muito de conhecer uma mulher que me dissesse que a primeira vez tinha sido boa. É que boa, querida, é a segunda, mesmo sem qualquer experiência, porque aí sim, sente-se algo mais que dor. Aí é que se começa a sentir realmente algo. E o “aquecimento” (prefiro a palavra preliminares, mas prontos…) é muito útil na primeira, mas o resultado desse aquecimento vê-se, perdão, sente-se, é da segunda em diante… E não deve ser com um idiota qualquer? Pois claro que não! Mas também não vale a pena”carregar” isso como se fosse a coisa mais importante do mundo….

Dizes que os acreditas que os príncipes existem. Pois… apenas te posso desejar boa sorte. E acredita que é um voto de boa sorte sincero. Muito mais sincero do que alguns desses príncipes por quem esperas…

Em relação ao inicio do teu texto, em que dizes não gostar da forma como escrevo, e que ou é inveja ou apenas gosto de criticar… Querida… mas tu leste mais algum dos meus textos??? Eu gosto mesmo de criticar… Faço piada com praticamente tudo, incluindo o tamanho do meu cú, das minhas mamas (pensando bem, ainda bem que o cú é grande, se não tombava para a frente com o peso das mamas…e vice-versa!). Também gozo com os amigos, familiares, colegas e gente em geral que vejo na rua. E sim, já desatei a rir no meio de um funeral, e ainda acrescentei que se a morta estivesse viva estava a rir comigo (se bem que se a morta estivesse viva, não estaríamos no funeral dela). Gozo com o facto de eu ter ganho um concurso de desenho quando tinha 6 anos, e ainda hoje não saber desenhar uma linha recta com uma régua. Quando me perguntam, com ar maroto, “mas não comes mesmo carne nenhuma?” a resposta, invariavelmente, é “há coisas que não são para comer, são para chupar” (ora aqui está outra função para a boca, e para o orgão sexual, podes informar a tua amiga no próximo fórum, para que ela um dia não fique muito surpreendida quando alguém lho fizer e pedir para fazer (se for o tal do príncipe, a ordem será esta…)

Quanto a pedires desculpa por responderes deste forma, querida, por favor continua a responder… Gosto mesmo muito de saber que existe alguém algures por aí a ler o meu blog, e não apenas a vir cá dar por engano…

Fica bem, e se precisares de algo, basta pedires.

Já agora, é possível inscrever-me no clube das virgens? Nasci a 5 de Setembro, o que há partida é uma indicação de que serei sócia para a vida… e adorava saber o que conversam por lá… Já que dizes que não é apenas sobre sexo… e assim sempre me tiravam esta ideia pré-concebida…