sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O mistério das peúgas desaparecidas

Publicada por Sara à(s) 14:05 0 comentários

Cá por casa uma de nós está meio maluquita… Qual de nós, deixo inteiramente à vossa consideração.

A conversa mais consistente do dia é sobre peúgas. Peúgas e mais peúgas…sherlock “as minhas peúgas desapareceram!!!” 5 minutos depois “Já as encontrei. Estavam lavadas. Olha estas, comprei para mim, mas a outra queria ficar com elas. Mas são para mim. Se comprei para mim devo ficar com elas. Não achas bem?” VUWCAV11332CA4JLEQ4CA7DN8IRCA85TNAFCAU1RAF5CABBMCD0CA1NNVDSCAYYIPZPCARER26UCA4O1IU8CA9TVJIUCAYJ7RN0CA5XPTG0CAF320QDCA0MTNNGCAGEJSLNCAJQRWKQCA417AAFCAL28TK3 Eu até nem me importo do falar sem parar, mas o esperar por resposta… isso já me incomoda, porque me obriga a prestar atenção…

Até já o Pedrinho está em risco de sofrer… Já que no meio de procurar peúgas (eu ainda pensei que tivessem fugido de casa), falar sobre nada e tudo ao mesmo tempo, arrumar o que estava arrumado e ficou desarrumado porque ela se lembrou a mudar as coisas de sitio, até já anda a pensar em cores para o meu quarto… E, claro está, o “meu Pedro” é com certeza uma rapaz jeitoso para pintar as paredes… A sorte no meio disto tudo é que muda de ideias muito rapidamente, ainda não conseguiu escolher uma cor, porque não estamos de acordo, e não pode com uma lata de tinta (acho que esta última é que é mesmo a grande sorte…)

pintar paredes

Só não se cala é com as peúgas…

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E pronto, tenho que me corrigir…

Publicada por Sara à(s) 18:32 0 comentários

Tenho que me corrigir, e corrijo-me com todo o prazer…

Afinal o estado português já enviou um avião com pessoal capacitado para auxiliar em situação de catástrofe… Estava a ver que tinha que organizar uma manifestação para mobilizar os recursos humanos existentes e que não estão a ser utilizados.

Será que eles lêem o meu blog???

Já estou a imaginar o “tio” Sócrates (sim, trato-o por tio, na esperança de uma tacho…) a ler esta obra-prima da literatura… enquanto vai abanando a cabeça… E depois diz para o Armando “esta gaja não regula…”

Socrates pensando

É por isso que não podemos saber o conteúdo das escutas… Os juízes não querem que se saiba que este blog é lido pelas mais altas instâncias deste governo, e respectivos amigos… Por acaso não sou amiga do sucateiro, mas se ele precisar de mais alguém para ir ao banco levantar-lhe 10.000 euros e levar a parte incerta, pode contar comigo… Desde  que não seja necessário a “parte incerta” assinar nenhum recibo, ou qualquer outro comprovativo de entrega.

Mas isto era para ser uma correcção ao meu post anterior, por isso cá vai.

Acho muitíssimo bem que enviemos pessoal da protecção civil, do instituto de medicina legal, e mais não sei quem, que já não me lembro. Estes são recursos humanos que exercem as suas funções regularmente no país, portanto não implica uma gasto muito superior ao custo normal dos serviços de que fazem parte, e, felizmente, neste momento não são tão necessários cá, fazem mais falta lá. Tudo bem que não disponibilizemos ajuda financeira (tomara nós que o que temos dê para as nossas despesas), mas o pessoal que está treinado para situações de catástrofe… Só têm é que ir… até é bom para ganharem experiência, ainda que seja melhor que nunca venha a ser necessária…

Teria piada, se não fosse trágico..

Publicada por Sara à(s) 00:37 0 comentários

Ao ler as noticias de hoje, apenas uma coisa me vem à ideia… “Teria piada, se não fosse trágico”

Um sismo, um pequeno país devastado, milhares de mortos, e o estado português envia uma carta… Não sei porquê, mas não me parece que os correios estejam a funcionar por aquelas bandas… Mas claro está, se fosse para um qualquer sucateiro, rapidamente se apresentavam umas pessoas e as coisas resolviam-se… Porque não enviam agora para lá esse senhor, para ajudar na limpeza? O serviço até já foi pago com dinheiros públicos, e, muito sinceramente, incomodava-me muitíssimo menos ver o dinheiro dos nossos impostos serem gastos nisso do que em favores…

Uma carta… porque não as equipas de busca e resgate que estiverem presentes em situações semelhantes e apresentaram bons resultados, boa capacidade de coordenação e actuação, tendo sido muito elogiadas na comunidade internacional? É… a carta deve dar mais jeito… Na falta de papel higiénico…

Depois os Estados Unidos disseram que vão enviar equipas para uma resposta rápida e eficiente… espero que não sejam as mesmas do Katrina… Ou uma desgraça nunca vem só…

No meio disto tudo, fiquei impressionada com o Brasil… No imediato enviou toneladas de comida e água… Isto é que é eficiência, e saber o que faz falta numa situação de emergência…

Agora… uma carta???? Esperemos que ninguém se corte no papel…

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma viagem qualquer

Publicada por Sara à(s) 13:49 0 comentários

Numa pequena viagem de carro com o Pedrinho dei-me conta de uma situação caricata… E que é também uma diferença fundamental entre homens e mulheres.

Vamos imaginar um rapaz/homem/criatura do sexo masculino e uma rapariga/mulher/criatura do sexo feminino. Estão num ponto da “relação”, em que ainda não existe nada, não se sabe se vai existir, mas há ali um interesse…  Ele muda o rádio, de uma estação qualquer passa para o leitor de cd/mp3.  E aqui começa uma das maiores ilusões, confusões e mal entendidos da memória do mundo…

Ora vamos lá ver o que passa pela cabeça destas duas almas….

Versão masculina:                                                                        

“não está a passar nada de jeito na rádio. Deixa lá ver o que tenho aqui… esta ela é capaz de gostar… e assim, quem sabe, fica calada durante uns minutos…”

Versão feminina:

“Ahhhhh…. ele mudou para esta música romântica… e o refrão diz tudo… kiss me…(ou qualquer outra coisa do género, desde que seja romântico e sugira envolvimento…) eu sabia… ele está interessado em mim… e aquela Margarida/Luísa/Maria-não-sei-das-quantas é uma invejosa e por isso é que inventou aquilo de ele lhe estar a a fazer olhinhos… ele deve é ter medo… que os homens são todos assim, têm todos medo…ahhhhh…. ele até canta o refrão… isto é mesmo para mim… para eu saber que ele está interessado…. devo dizer alguma coisa, ou basta-me olhar para ele a sorrir? Vou encostar o meu joelho às mudanças… assim ele tem desculpa para me tocar na perna… “

De notar que o pensamento da criatura masculina ocupa duas linhas e meia, e o da criatura feminina parece não mais ter fim… (na verdade não tem, não me apetecia era escrever tudo o que nos passa pela cabeça em 30 segundos…).

Por esta altura estão os leitores do sexo masculino a rir e a pensar (uma coisa de cada vez, pois também é um facto que rir e pensar ao mesmo tempo não é tarefa fácil para a maioria dos homens…) “ela tem razão… as gajas vêm significado em tudo o que um gajo faz… basta quererem…”

E as gajas estão a pensar (algumas também devem rir, e tudo ao mesmo tempo) ”não é nada assim…”  Ah mas é… Digam lá, minhas meninas, quando lhes dá para o lado de “ver” as intenções do outro, não vêm significado em tudo? Vêm pois, não querem é admitir, mas quem nunca disse  para a amiga “eu sei que ele gosta de mim, ele tem é medo de se entregar, porque depois eu poderia magoa-lo, e eles não são como nós… “

E é assim que se criam os mal entendidos, as ilusões, e os etc’s e tal… E não, o Pedrinho não mudou a música para eu me calar… ele já sabe que isso não resulta…

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aborrece-me solenemente

Publicada por Sara à(s) 17:24 0 comentários

Hoje aborrece-me solenemente ser eu…

Aborrece-me ter trocado os cremes e ter trazido o de noite em vez do hidratante de dia;

Aborrece-me olhar-me ao espelho e descobrir mais um cabelo branco;

Aborrece-me estar sempre a comer letras e o corrector ortográfico me chamar à atenção… (ok, ele não me diz nada, mas o sublinhado a vermelho diz tudo…)

Aborrece-me que me apeteça ficar na cama a ler e não posso, tenho que ir trabalhar…

Aborrece-me que o que me apetece ler não sejam as coisas da faculdade, mas sim livros e mais livros de tudo menos psicologia ou estatística…

Aborrece-me que tenha um saco de clementinas (que eu gosto bastante) e ninguém para as descascar para mim…

Aborrece-me que a minha carteira faça desaparecer o dinheiro, até o que está na conta no banco…

Aborrece-me  que os Srs. do euromilhões troquem os nºs que vão sair mal eu ponho o meu boletim…

Aborrece-me que o Pedrinho esteja longe e assim não esteja à disposição para me aturar os ”aborrece-mes” (nem para ir ao cinema/passear à beira-mar/comer um gelado/e tudo o mais que antes estava disponível…)

Aborrece-me olhar para a minha cama vazia e pensar “ tenho que trocar os lençóis, aspirar o quarto, lavar a casa-de-banho e a louça, e estou pr’aqui em frente ao pc em vez de estar a fazer as coisas que tenho para fazer…”

Hum…. hoje aborrece-me solenemente ser eu… sem empregada doméstica…

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Um bom inicio de ano à portuguesa

Publicada por Sara à(s) 21:21 0 comentários

Foi um bom dia, sim senhor. Repleto de óptimas situações para relatar neste meu cantinho…

A começar pelo café tomado com a mãe. Na mesa do lado (eu sou tão cusca que qualquer dia até me acusam de ter sido eu a colocar as escutas…) os casais partilhavam histórias de anos passados… era a imunoterapia que uma tinha feito, era a quimioterapia da outra, e as cruzes e afins da outra… Nada como o primeiro dia do ano para comparar doenças!

Depois fomos fazer dar uma volta, a pé (se não como poderia eu ver e ouvir mais assuntos alheios e seus respectivos donos…?) e houve 2 coisas que me chamaram a atenção:

As mulheres de 40 e mais anos vestem-se como se tivessem 20, e as miúdas de 12 vestem-se como se tivessem 16… ou seja, mães e filhas partilham praticamente o mesmo guarda-roupa (às tantas ainda discutem sobre de quem é a blusa/calças/calções…)

Depois foi a cena tipicamente portuguesa…. se eu não soubesse onde estava, só por isto saberia que estava em Portugal… Estava um homem a trabalhar, num andaime (só não sei porque trabalhava num dia feriado, mas também não perguntei…) e estavam 3 “engenheiros de obras feitas” no nível do chão a comentar o que o trabalhador fazia… de mencionar que aos “Srs. engenheiros” não faltava o bigode característico nem as mãos nos bolsos ou os braços cruzados…

Depois houve uma situação que me irritou a sério…. Uma criatura de Lisboa (pelo menos o sotaque era de lá) a dizer que não gostava nada de viver no Algarve, porque isto era uma grande pasmaceira… Ora meu amori… tens bom remédio…é pegares na malinha, pores os calcantes a caminho e nunca mais cá voltares… E se por acaso foi um algarvio que te convidou a cá vires, leva-o contigo…

E por hoje é tudo, que tenho mousse de chocolate à espera…

 

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